A Jornada do Baobá:
Uma Narrativa Visual
Embarque em uma jornada visual que conecta mundos através das raízes de um baobá ancestral.
Semente Promissora
O início da jornada como uma pequena semente carregada pelo vento através do continente africano.
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Primeiros Brotos
Os primeiros sinais de vida emergem do solo árido, desafiando as adversidades do ambiente.
Crescimento Resiliente
A jovem árvore desenvolve seu característico tronco largo, armazenando água para os períodos de seca.
Majestade Milenar
O baobá maduro se torna um monumento vivo, testemunha silenciosa de gerações e guardião de histórias ancestrais.
O Baobá de Dassa-Zoumé no Chão de Medina
Ancestralidade
O baobá milenar representa a conexão com os antepassados e a sabedoria acumulada através dos tempos.
Resistência
Seu tronco massivo simboliza a capacidade de sobreviver às adversidades e prosperar mesmo em condições hostis.
Espiritualidade
Considerada sagrada em muitas culturas africanas, a árvore serve como ponto de encontro entre o mundo material e espiritual.
Metáfora da Reconexão Ancestral
O baobá é plantado no Brasil, mas suas raízes são africanas — literalmente, na narrativa. Ele simboliza a reparação de uma ruptura histórica causada pela diáspora forçada, funcionando como uma ponte espiritual entre Benin (Dassa-Zoumé) e o Vale do Jequitinhonha. Seu plantio é um gesto de reconexão com os antepassados, com a memória da travessia atlântica e com a dignidade roubada dos povos afrodescendentes.
Tempo Dobrado e Justiça Espiritual
O crescimento acelerado do baobá — uma árvore que normalmente leva séculos para atingir maturidade — é uma dobra do tempo. Essa aceleração mítica representa o urgente acerto de contas histórico: o tempo do colonialismo é enfrentado por um tempo ancestral que retorna. A árvore transita de Nanã (orixá do tempo profundo e da lama original) para Xangô (orixá da justiça, do trovão), simbolizando a transição da origem para a insurreição, do luto para a restituição
Corpo-Território em Resistência
O baobá se enraíza em solo árido, mas sobrevive, cresce, desafia. Ele personifica o corpo mestiço do Brasil profundo, que carrega em si os traumas do genocídio indígena, da escravidão e da exclusão. Plantado em Medina, ele é a afirmação de que, mesmo em meio à desertificação e à crise climática, há resistência possível, há sementes de futuro.
Dispositivo de Autoficção
Na lógica autoficcional do filme, o baobá é um espelho do próprio cineasta. Ao cuidar da muda, Ricardo cuida de si, de sua história e da memória coletiva. O baobá é uma extensão corporal do protagonista e também do próprio cinema: ele é cuidado, atravessa fronteiras, é barrado por burocracias, e só pode florescer quando é acolhido por uma comunidade.
Imagem Final: Esperança como Insurreição
O baobá gigante transcende sua forma vegetal. Ele materializa um futuro alternativo, enraizado em justiça histórica e memória ancestral.
Nossa brasilidade é uma árvore cósmica, plantada em cada gota de sangue derramada ao longo dos séculos, florescendo agora como raiz do novo mundo.
Esta árvore cósmica simboliza a brasilidade profunda. Suas raízes absorvem sangue histórico. Seus galhos projetam um novo horizonte possível.
O baobá torna-se portal entre mundos. Conecta passado doloroso e futuro esperançoso. Transforma insurreição em florescimento.
O Baobá como Personagem Simbólico
Na narrativa de "Autoficção", o baobá transcende sua condição de árvore. Ele torna-se um personagem vivo, pulsante.
Suas raízes conectam mundos: África e Brasil, passado e presente, trauma e cura.
O crescimento acelerado do baobá dobra o tempo colonial. Ele personifica o urgente acerto de contas histórico.
Da árvore mítica emerge uma nova possibilidade de futuro. Um futuro onde a memória ancestral floresce como justiça.